
O Primeiro-Ministro António Costa fez saber, no passado dia 30 de abril, que o Conselho de Ministros autorizou o regresso aos relvados da Liga NOS. Se o parecer da DGS for positivo, com a obrigatoriedade de todos os jogos serem disputados com as bancadas dos estádios vazias, a competição voltará para realizar as 10 jornadas que faltam a partir do último fim de semana do mês de maio.
Num ato raro de união, os presidentes dos 3 grandes, FC Porto, Benfica e Sporting, reuniram com o Primeiro-Ministro, com Pedro Proença, presidente da Liga e Fernando Gomes, presidente da FPF e deram parecer favorável à realização das partidas em recintos fechados para garantir o Protocolo Sanitário apresentado pela LFP.
Outra das propostas foi a da centralização dos estádios onde irão ocorrer as partidas, a fim de as mesmas serem realizadas em recintos com melhores condições. Preferencialmente em estádios que foram construídos para o Euro 2004, à exceção do estádio do Algarve, que chegou a ser uma alternativa, mas que perdeu viabilidade pelo facto de se encontrar muito distante dos restantes.
Mesmo antes de a decisão do Governo ser tornada pública, o Santa Clara, equipa dos Açores, já tinha emitido um comunicado em que se disponibilizava para realizar todas as 10 jornadas em falta no continente. Sugestão essa que não foi aceite pelo presidente do Marítimo, que afirma tudo fazer para realizar os jogos em casa, em solo madeirense.
Paulo Gomes, presidente do Vitória de Setúbal, admite fazer alterações nos balneários e estruturas do estádio do Bonfim, caso as mesmas permitam aos sadinos disputar os 5 jogos que lhes faltam disputar na condição de visitados.
Sem a possibilidade de apoiarem as suas equipas no campo na reta final do campeonato, a questão que ainda terá de ser avaliada é como os adeptos vão ter acesso aos jogos, já que a sua transmissão tem sido ao longo dos últimos anos garantida por canais de televisão pagos.
O único membro do governo que até à data se manifestou sobre este tema foi o secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo. Este revelou que a hipótese de alguns jogos virem a ser emitidos em canal aberto não está de todo fora das opções, mas que, para se tornar numa realidade, terá de haver um trabalho conjunto entre o governo, os operadores de televisão, as instituições que gerem o futebol português e os clubes.
Será um regresso gradual e tímido à realidade que conhecemos do futebol, que não terá impacto apenas nos adeptos, mas também nos intervenientes diretos no jogo, jogadores, técnicos e equipas de arbitragem.
Não existem ainda previsões que nos garantam que esta medida seja alterada a curto prazo. Mas, até lá, o futebol regressa sem o adepto, o seu melhor “jogador”, já em final de maio.
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